30 de dez. de 2006

Democracia



Suspendi minhas férias para postar uma coisa que me deixou muito indignado.
A morte de Saddam Hussein. Isso mesmo, fiquei indignado. Para aonde estamos indo, o mundo está se curvando a (pseudo) democracia norte-americana?
Fico extremamente chateado, primeiro porque não concodo com a pena de morte, segundo pela rapidez em aplicar a pena. Isso mostra como as coisas são feitas, como querem sempre que tenhamos um pensamento comum.
Me lembrou a história de Frankestein, onde se cria o monstro e depois tem que matá-lo. Como a maioria dos ditadores e crápulas mundiais Saddam foi criado, treinado e armado pelos EUA, que agora deram um jeito de fazer tudo desaparecer. Alguns dos maiores homícidas foram criados pelos EUA, entre eles: Slodoban Milosevic, Bin Laden entre outros tiranos que estou com preguiça de pesquisar.
Mas é triste como a democracia é vista de tal forma pelo nosso querido amigo Bush. A grandes fundadores gregos da democracia devem estar se revirando em seus túmulos.
Depois volto falando mais sobre isso.
Ótima forma de terminar o ano.

21 de dez. de 2006

Política, ética e afins

Não votei este ano. Na verdade votei nulo.
Não por que corriam correntes na internet ou por influência de outras pessoas. Votei nulo apenas por não ter um candidato que fosse merecedor do meu voto. Muita gente vai questionar: "você não votou, então não pode reclamar!", eu me pergunto: "porque não?". Não votar também é uma forma de exerce minha democracia, tenho direito igual a qualquer um cidadão que votou ou não. Não vou defender aqui os neoliberais, pois odeio o tipo de política liberal ou neoliberal, mas também não vou defender a nossa pseudo-esquerda que está no poder, pois fiquei decepcionado.
Como definir que alguém vai ser honesto e ético? Somos seres humanos e o poder corrompe algumas pessoas.
O fato não é defender ou ofender, mas tentar entender o porquê da bandalheira política que se encontra (e sempre se encontrou) nosso país. Lembro que a alguns dias recebi um e-mail sobre o filme Turistas e a idéia de boicotá-lo, o que achei uma babaquice. Faço um grande contraponto com nosso momento atual sobre o aumento dos nossos "queridos" deputados. Como defender um país que tem a falta de ética como um dos seus princípios fundamentais?
Crescemos nos aproveitando das pequenas coisas. Começamos a não respeitar o que é dos outros. Depois nos aproveitamos das pequenas situações. Vamos ao supermercado e pegamos a fila de 20 produtos com 21 na mão; mesmo sabemos que estacionamos o carro em lugar proibido pedimos o guarda para aliviar, não devolvemos o livro para a biblioteca (ainda existe gente que faz isso) ou rabiscamos e até mesmo arrancamos a parte que nos interessa; furamos a fila do cinema, do show, do elevador, do ônibus e achamos isso normal. Vivemos a frase: "O mundo é dos espertos." Mas quando um desses espertos aumenta o seu próprio salário nos indignamos, queremos quebrar, queremos matar. Se você tivesse no lugar deles concordaria com o aumento?
Não estou aqui para defender. Acho que devemos nos organizar e brigar contra, mas penso que não funciona se não mudarmos nossa postura, nossos conceitos éticos. Enquanto achar que o meu problema é maior que o problema de outro nada vai mudar. Continuaremos educando nossos filhos sobre essa ótica, sobre o jeitinho brasileiro.
Não sei se é pior ser visto lá fora da forma que somos ou querer esconder isso e não enxergarmos o Brasil da forma que é: violento, desonesto, injusto, entre outros. País bom de viver, mas que seria melhor se os cidadãos enxergassem esses problemas e usa-los como força de mudança.
Defendo que a partir do primário os alunos tivessem aula de ética, substituindo a educação religiosa (que nem sei se ainda é ministrado). Alguns colégios particulares já contam com essa aula, mas acho que o governo não aprovaria porque criaria pessoas com um senso crítico maior e não haveria espaço para pessoas de baixo caráter.

Os comentários são poucos, mas agradeço a galera que lê nosso desabafo e que critica ou concorda e com isso desabafa também. Estarei em um mini recesso do trabalho, mas apesar de querer tirar férias do PC, vou aparecer aqui para escrever mais. Abraço grande a todos.
As dicas de hoje não tem muito a ver com o tema, não deu tempo de pesquisar meus arquivos mentais direito.
Filme:
O senhor das armas
Livro:
O grande Mentecapto - Fernando Sabino
Música:
Tás a ver - Gabriel o Pensador

18 de dez. de 2006

Meus heróis morreram de overdose

Tudo começou nos primórdios da humanidade. Na falta justificativa para explicar o mundo e seus fenômenos criam-se deuses cada um com sua função bem definida e com sentimentos humanos como ódio, inveja, amor e vaidade. Nasce assim a Mitologia Grega, extremamente oral e lúdica, mas que atendia as dúvidas do momento. A Odisseia, de Homero, representava o que hoje representa a Bíblia representa para os cristãos.
Juntamente com isso nasce no que hoje representa a Índia, o hinduísmo com alguns ídolos e apegado a purificação e impessoalidade de "Deus". Das propostas de hinduísmo e através do jovem príncipe Sidarta, que depois de atingir o nirvana foi elevado a Buda, nasce o budismo com mais um ícone.Em Roma temos a Mitologia Romana que é tão rica quanto a Grega.
O judaísmo surge com mais alguns ídolos e é extremamente baseado na mitologia grega. Com o propósito de renovação do judaísmo surge o cristianismo calcado na figura de Jesus. Começa com o catolicismo e que se divide entre diversos dogmas, criando assim mais uma infinidade de ídolos ou ídolos.Além dessas que citei temos também a Mitologia Nórdica, as Mitologias indígenas, Mitologia egípcia e mais um monte de construtores de ídolos.
A medida que o mundo e seus fenômenos foram (e são) explicados pela ciência esses e ídolos perde seu real significado para grande parte da humanidade. Com isso surge uma nova demanda: a criação de novos ídolos para atender as "almas" flageladas e vazias. Os novos ídolos representam a forma como gostaríamos de ser: ousados.Através de movimentos artísticos nascem esses novos ídolos, que representam ou como disse Jonh Lennon mais conhecidos que Jesus Cristo. A mídia ajuda produzir novos deuses. Ele está nas paradas de sucesso, no filme que vai estrear, na novela das oito ou no jornaleco ou revistinha neo-liberal ou esquerdista do momento. São pessoas que ousam ou que tem a "coragem" de falar algumas coisas. Tanto nos ídolos artistas como os novos ídolos jornalísticos vejo algumas restrições.
Contra os jornalistas é um absurdo que pessoas cultuem seres nefastos que denigrem a ética. Um bom exemplo é o adorado do momento Diogo Mainardi tomando uma postura quase que Macartista, tendo como modelo outro jornalista tão grotesco (ou mais) quanto ele, Paulo Francis. Preconceito e ignorância é o que pauta e pautava os dois.
Quanto a arte podemos dizer que as pessoas tem a tendência de adorar, no sentido divino mesmo, aqueles que ousam e procuram uma liberdade de pensamento. O único problema disso é pensar onde estão os valores éticos desses artistas? Vou cultuar um cantor de hip-hop que fala que as mulheres são vagabundas e que é um cafetão, vou cultuar o funkeiro que parte pelo mesmo princípio, ou camarada que prega a violência, guerra, armas e drogas; ou quem sabe padres e pastores pop-stars que tentam trazer de volta as ovelhas desgarradas direcionando de forma diferente morais pré-existentes?
Claro não estou generalizando, tem alguns artistas que ligam sua imagem a coisas benéficas.
Mas que a maioria dos nossos heróis estão morrendo de overdose, isso estão.
Particularmente no Brasil é foda viver com ídolos corrompidos que fazem brotar o jeitinho brasileiro de se dar bem em tudo. Lembrar que a "Lei de Gerson" é lembrada até hoje me dá náuseas. Não defendo que as pessoas tenham que se voltar ao pensamento religioso que é puramente moral e atende a necessidade de cada religião, mas penso que devemos levar nosso pensamento além e nos postar de forma ética que representa um bem-estar geral, relativo a toda a humanidade.

Livro:
Ilíada e A Odisseia - Homero

Filme:
Boa noite, boa sorte

Música:
Cazuza – Ideologia

15 de dez. de 2006

Papai Noel existe para quem pode pagar

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