25 de fev. de 2009


Carnaval

Nada melhor que um bom carnaval em BH. Diriam alguns que não existe carnaval em BH. Concordo em gênero, número e grau. Então reformulo assim minha primeira frase: Nada melhor que o carnaval em BH, para quem não gosta de carnaval.


Fique fazendo um curso de verão da UFMG. Passei o referido feriado, que remete a alegria, discutindo sobre melancolia. "Em defesa de uma certa melancolia", nome da oficina.
Caralho, como foi boa........

4 dias, 2 horas por dia dentro da sala ouvindo teorias. Nossa, como foi ótimo. Descobrir como a melancolia é importante para a formação da nossa humanidade.


Sede

Bendita a sede

por arrancar nossos olhos
da pedra.


Bendita a sede

por ensinar-nos a pureza
da água.

Bendita a sede

por congregar-nos em torno

da fonte.


Orides Fontela

17 de fev. de 2009


Como fazer um final de semana perfeito:

Ingredientes:

1 motivo para se encontrar (aniversário da Bella);
Uma pitada de bons amigos;
1 ambiente agradável;
Algumas goiabas brancas (pra não ver os bichos)
Uma boa caminhada até um parque ecológico

Modo de preparo:

Junte isso tudo e com certeza você vai ter histórias para contar para seus netos.

15 de fev. de 2009

Benditas
Mart'nália

Benditas coisas que eu não sei
Os lugares onde não fui
Os gostos que não provei
Meus verdes ainda não maduros
Os espaços que ainda procuro
Os amores que eu nunca encontrei
Benditas coisas que não sejam benditas

A vida é curta
Mas enquanto dura
Posso durante um minuto ou mais
Te beijar pra sempre o amor não mente, não
mente jamais
E desconhece do relógio o velho futuro
O tempo escorre num piscar de olhos
E dura muito além dos nossos sonhos mais puros
Bom é não saber o quanto a vida dura
Ou se estarei aqui na primavera futura
Posso brincar de eternidade agora
Sem culpa nenhuma

13 de fev. de 2009


O mundo aos meus pés

Agora já era..... eu sou foda!

Tenho o mundo aos meus pés e as pessoas na minha mão.......


Adoro ter as rédeas da vida pela primeira vez.....

12 de fev. de 2009

Chico Rosa

Ontem vi essa peça que a tanto queria ver.

Fabulosa.

Imagina Noel e Chico numa mesa de bar. Um diálogo onde um responde ao outro através da própria obra.

Valeu cada segundo de peça.

Sem contar que reencontrei três pessoas que não via há um bom tempo.....

Viva o ovo que é BH.

9 de fev. de 2009




Nu e só ao meio-dia

5 de fev. de 2009

No motel

Uma vez imaginei como seria uma quarentena num motel. O motel é fechado por alguma razão. Justamente naquela hora – fim de tarde, numa sexta-feira – em que, em todo o mundo, a frequência nos motéis é mais alta. Ninguém pode entrar e, pior, ninguém pode sair.

– Como, não posso sair? O que eu vou dizer para a minha mulher?

Quarenta minutos de atraso para chegar em casa a gente explica, quatro horas a gente explica... Mas quarenta dias?!

– E eu que disse pro meu marido que eu só ia fazer os pés?

As cenas de desespero se repetem. Todos recorrem ao celular.

– Alô, meu bem? Olha, estou numa reunião importantíssima. Ninguém sabe quando vai terminar. Faz o seguinte: deixa comida pra mim na geladeira. Bastante comida.

– Alô, querido? Você não sabe o que me aconteceu. A mão da pedicure escapou e ela me cortou um dedo. Não, eu ainda tenho o dedo, mas o corte foi fundo. Tive que vir para o hospital e... Não, não adianta você vir pra cá. Só vou ficar mais um pouquinho porque ainda estou meio fraca.

A recomendação é que todos fiquem em seus quartos. O motel fornecerá refeições, todo o equipamento dos quartos, como a cama giratória, a luz negra e a banheira com centrífuga, continuarão funcionando normalmente e a programação do circuito interno de TV continuará a mesma. Mas aos poucos as pessoas começam a sair dos seus quartos e perambular pelos corredores. Há encontros inesperados.

– Epa, você por aqui?

Todos se visitam e comentam a decoração dos quartos.

– O nosso não tem essa poltrona com vibrador...

E surgem os boatos.

– Sabem quem está na suíte 12?

Com o tempo se estabelece uma rotina. Reúnem-se na Suíte Afrodite, a maior de todas, para bater papo e olhar a televisão. Sentem falta de um baralho, mas quem leva baralho para um motel?

– Meu bem? Olha, o hospital quer que eu fique mais um pouco. Para evitar a gangrena. O quê? Você está ouvindo gemidos?

Ela faz um gesto para alguém baixar o volume da televisão.

– Aqui é um hospital, né, amor? Só se ouve gemidos.

No 20º dia, uma comissão procura a gerência do motel para fazer uma reclamação. A TV interna não tem outros filmes, não? Ninguém aguenta mais o filme das lésbicas com o encanador, ou da loira e o garanhão.

– Não tem A Noviça Rebelde?


Luís Fernando Veríssimo - Coluna de 05/02/2009 do Zero Hora (e acho que do O Globo também)


P.s.: Fiquei imaginando eu em uma situação dessas, nos tempos onde fazia coisas erradas (erradas, mas boas) com pessoas erradas (erradas mesmo, e perigosas).....

3 de fev. de 2009

Um encontro de dois: olhos nos olhos, face a face.
E quando estiveres perto, arrancar-te-ei os olhos
e colocá-los-ei no lugar dos meus;
E arrancarei meus olhos
para colocá-los no lugar dos teus;
Então ver-te-ei com os teus olhos
E tu ver-me-ás com os meus.

Trecho do poema "Divisa" de Jacob Levy Moreno

2 de fev. de 2009

Fim de semana

Meus finais de semana estão cada vez mais magníficos. Nesse viajei para minha terra natal, também da Vale e de Drummond, Itabira.

Não tava muito animado, pois depois da morte da minha vó no ano passado meio que perdeu a graça de ir lá, mas fui. E me diverti para caralho.

Conversas sem noção com as clientes da minha tia, que é manicure. Conversas filosóficas com meu tio, que já leu tudo quanto é tipo de livro. Muitas e muitas conversas. Comi demais e me diverti demais. Sem contar que observar paisagens durante as viagens é fenomenal.

Bom fui du caraio.......