3 de dez. de 2009

Saudade

Estava com saudade daqui. Lugar incomum, onde posso escrever o que bem entender.

Mas não é só daqui que estava com saudade. Estou com saudade de uma série de coisas e de uma cartela inimaginável de amigos. Saudades da minha vida. Saudades do meu racionalismo. Saudade de um certo Dalton que ficou para trás. Aonde o perdi não sei, mas ele ficou para trás.

As mudanças são necessárias, eu sei. Mas sempre que mudamos alguma coisa fica para trás. As vezes, uma certa inocência ou até uma opinião, uma mania, uma forma de ver as coisas.

Acho que, nesse caso, ao invés de saudade a melhor palavra é nostalgia.

Hoje é um dia muito importante para mim. Há dois anos atrás fazia minha primeira viagem para o Rondon. Uma hora dessas estaria na metade do caminho para Cabecerinhas. Cheio de dúvidas, cheio de medos, cheio de inseguranças.

Hoje sou uma pessoa diferente. Ainda tenho dúvidas, medos e inseguranças, mas de forma diferente. Aquele momento foi um divisor de águas na minha vida. Quem eu sou hoje é muito melhor do que aquele que estava no ônibus há dois atrás. Mas para isso perdi uma certa inocência, perdi uma visão romântica do mundo.

Mudei o valor que dou para as coisas, momentos e pessoas. Ainda peco nesse ponto. Mesmo que não queira ainda acredito muito nas pessoas, mesmo me ferrando em 99% dos casos.

Estou cansado. Fisicamente e mentalmente. Quero parar e descansar. Tentar separar o joio do trigo. Quero semear terras férteis e não pedras. Quero edificar em terrenos que não vão desabar.

Sim, estou triste, muito triste. Tento, tento e não chego a lugar nenhum, por mais que eu me doe por completo. Não posso obrigar ninguém a me ver da forma que me vejo.

Estou triste também por não ter Rondon agora em dezembro. Mesmo trabalhando muito era o lugar onde conseguia colocar minha cabeça em ordem. Fazer uma parcial da minha vida.

Bom as coisas não são da forma que a gente quer...

Minha proposta é dar um reset em minha vida.

Ser um Tabula Rasa e esperar um bom tempo para me preencher de novo...

Viver é uma arte! Mas não é todo artista que consegue.

P.s.: Não revisei o texto, deu preguiça. Além do mais posso tirar o significado primeiro das minhas palavras....

Um comentário:

Maria disse...

A cada dia descubro o quanto somos parecidos.
MEDOOOOO!!!!!!!
Porque sinceramente não sei se isso é bom ou ruim. Como tneho sentido saudades esses dias. Como tenho sido nostalgica. Até voltei a chorar...
Tenho saudades de mim também. De alguem que eu fui, ou que achei que era, ou que pensei que fosse. Tanto faz.
Me lembrei enquanto lia, das noites no Paracone, nas manhas na feira hippie, de pegar o 2212 as 6 da manha e nao dormir. De passar o reveillon numa boate gay, que não estava gay, com um mundo de pessoas insanas. De tomar um sermão do cara do cachorro quente as vesperas de um novo ano. De sentir uns dreads nas mãos, de ouvir um monte de malucos cantando pra eu ir embora (mas não era um IR EMBORA, era um volta, eu acho)..
Será que toda vez que mudamos temos que perder aquilo que foi tao bom? Sei que vem coisas boas com as mudanças, mas por que a gente nao pode manter tudo aquilo que foi bom no momento anterior?
Amooooooooooooo demais..ainda bem que isso não mudou ( ou não, que merda que isso não mudou).
Coincidentemente ou não, atualizei meu blog fazendo dele o MURAL DAS LAMENTAÇÕES tambem, depois de um bom tempo sem escrever. At´´e nisso somos parecidos, eu ainda nao tinah lido o seu qd escrevi o meu..rrsrs..
Aii..ai...(obs.: tambem nao revisei o que escrevi aqui e la)