24 de ago. de 2008

Nuvens negras (Diário de bordo - Dia 1)

Sinto que no horizonte estão surgindo nuvens pesadas, carregadas.

Que pena que elas não trazem água, pois depois da tempestade sempre tem a bonança. Essa tempestade é carregada de dor, amargura, tristeza, estresse, e por ai vai. E sempre termina com mais dor. Me impressiona a capacidade que a dor tem de nunca desaparecer.

Descobri que a cada dois meses ela aparece. Dura em torno de um mês e meio. Ela estava demorando. Veio pela última vez no início de maio. Na verdade ela sempre esteve aqui, mas outras coisas fizeram ela não aparecer. Antes tivesse vindo.

Sinto que vem com mais força do que nunca. Sinto que muita gente vai se afogar, de novo. E depois que a chuva passar vai ficar a amargura de ter caído em cima de pessoas que não deviam ter se molhado. Se tivesse aceitado no tempo certo teria dado conta de usar meu barco, mas agora ela vem pesada e não tenho tempo de construir minha arca.

Nesses momentos penso que seria bom ter fé.

Gostaria de ser ignorante, muito ignorante. Os ignorantes sofrem menos.

Contarei os meus dias. Farei mais ou menos como um diário de bordo, começando por hoje.

"Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos"...

Voltar a lutar contra os moinhos de vento é muito importante. Será que me restará sanidade depois disso?

Um comentário:

Anônimo disse...

..
não precisa se preocupar tanto..

VOCÊ É IGNORANTE......
VOCÊ É IGNORANTE......

repeti pra não ter problema de esquecimento...